quinta-feira, 30 de abril de 2009


MINI Cooper



Releitura do ícone inglês MINI Morris, lançado no final da década de 50, o MINI finalmente chega ao Brasil, em três versões: Cooper (R$ 92,5 mil – câmbio manual e R$ 98,5 – automático), Cooper S (R$ 119,5 mil) e Cooper S Clubman (R$ 129,5), as duas últimas com motor 1.6 turbo de 177 cavalos e disponíveis apenas com câmbio automático de seis marchas.


O MINI Cooper é um compacto premium que foi lançado em 2001, já sob a tutela da BMW, e passou por uma grande reformulação em 2006, com o lançamento da segunda geração. Segundo a montadora, o carismático modelo tem como principais concorrentes o Audi A3, o Mercedes-Benz Classe B e o Volvo C30. Embora não assuma publicamente, porém, o MINI também irá canibalizar compradores do BMW Série 1.


A previsão da marca é vender 600 unidades este ano, sendo 60% do
Cooper S, 30% do Cooper e 10% do Cooper S Clubman, que é o modelo mais alongado (station wagon). Serão duas concessionárias no país, uma em São Paulo e outra em Curitiba, que ficarão responsáveis também pela manutenção e cobertura dos dois anos de garantia de fábrica.


É impossível ficar incólume ao visual do MINI, que, como o próprio nome diz, tem tamanho reduzido: são 3,7 metros de comprimento e apenas 1,4 metro de altura. Os faróis redondos (todos com luzes bixenônio) são a marca registrada do modelo, assim como a grande área
envidraçada lateral e as graciosas lanternas verticais. Outra característica marcante é a possibilidade de customização, com 337 opções de combinações externas e outras 264 possibilidades de personalizar cores e tipos de acabamentos internos.


Por falar do interior, o acabamento do Mini é irrepreensível, com botões pouco usuais, tipo comando de avião, e um grande velocímetro multifuncional no centro do painel. O velocímetro fica separado, na coluna de direção. A posição de dirigir é facilmente encontrada, já que há regulagens de altura e profundidade do volante e banco. Por ser um tanto diferente, é preciso tempo para se acostumar com a posição dos comandos do vidro elétrico, no painel, entre outros. O visual jovial agrada, apesar de ser rebuscado por detalhes excessivos.
O design é, sem dúvida, um dos principais atrativos do MINI. Mas o ponto alto do carrinho inglês é o desempenho esportivo. A direção elétrica com acerto direto, basta esterçar pouco o volante para fazer uma curva, o motor potente e, principalmente, a suspensão firme fazem do modelo um kart de rua. Não foi à toa que a montadora escolheu um kartódromo para demonstrar todas as qualidades dele.
O torque de 160 Nm e os 122 cavalos de potência do motor 1.6 16V fazem o MINI arrancar com agilidade e retomar a velocidade de forma rápida e instigante. Mesmo sendo o modelo aspirado, o Cooper mostrou desempenho capaz de agradar motoristas exigentes. Segundo dados do fabricante, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e atinge velocidade máxima de 203 km/h (7,1s e 225 km/h, respectivamente, no Cooper S turbo). O consumo médio na estrada é de apenas 17,24 km/l com câmbio manual.


O prazer de dirigir é grande, tanto no modelo com câmbio manual, quanto no automático, que tem opção de trocas atrás do volante e obedece prontamente aos comandos do motorista. Ambas as versões têm seis marchas e mostram no painel digital qual a marcha usada. No meio do teste drive, uma chuva propiciou avaliar profundamente todo o aparato eletrônico disponível.
Mesmo forçando propositalmente o acelerador nas saídas de curva, na pista úmida e emborrachada, os controles de tração e estabilidade impediam que o MINI escapasse de forma perigosa. Consertava a trajetória rapidamente, deixando o motorista confortável mesmo em uma situação adversa. O modelo entrega também seis airbags e freios ABS com distribuição de frenagem, entre vários mimos de conforto e segurança. Um carro de nicho, para quem quer chamar a atenção, mas sem abrir mão da segurança e, principalmente, do prazer de dirigir.

Ford Edge


O Ford Edge SEL chegou no final do ano passado, vindo do Canadá, com o status de ser o modelo mais caro da marca no Brasil: R$ 149,7 mil (R$ 158,5 mil com teto solar panorâmico – único opcional). O preço justifica-se pelo pacote completo de equipamentos e, principalmente, pelos impostos de importação, já que os carros canadenses não têm incentivos ficais como os fabricados no México, por exemplo.

Segundo a montadora, os principais concorrentes do Edge são o Hyundai Vera Cruz, o Toyota Hilux SW4 e o Mitsubishi Outlander, todos na mesma faixa de preço. Mas não há como deixar de fora dessa lista o Chevrolet Captiva, líder do segmento, que vem do México e se beneficia da isenção da taxa de importação (a versão topo de linha é vendida a R$ 105,6 mil).

O Edge impressiona à primeira vista, tanto pela beleza do design quanto pelas generosas dimensões: são 4,72 metros de comprimento, 2,22 metros de largura e 2,82 metros de distância entreeixos. Logo de cara é fácil perceber que as semelhanças com o Fusion não se limitam apenas às peças compartilhadas na plataforma. O visual de ambos é muito parecido, com a característica grade frontal de três lâminas cromadas e os faróis que avançam pelas laterais. A cintura elevada e a reduzida área envidraçada, assim como as lanternas transparentes “tunadas”, são outras características marcantes.

Por dentro, a amplitude e o bom acabamento chamam a atenção. Há espaço de sobra para cinco pessoas, que viajam confortavelmente e não precisam ser comedidas na hora de fazer as malas. São 900 litros de bagagem, que podem chegar a 1950 litros com os bancos traseiros rebatidos (eletricamente por meio de botões na parede lateral esquerda do porta-malas). Aliás, a abertura e o fechamento do compartimento de bagagem também é elétrica.
Os bancos de couro são mais parecem poltronas e oferecem regulagens elétricas dos assentos, mas o ajuste dos encostos é feito na base da alavanca mesmo. Poderia ser melhor... Apesar disso, o banco do motorista ainda traz duas posições de memória e um dispositivo que facilita o embarque e desembarque: basta retirar a chave do contato para ele recuar uns 10 centímetros para evitar enrosco com o volante.
O painel de plástico rígido tem boa textura e os encaixes das peças é preciso, mas poderia haver uma parte emborrachada para aumentar a sensação de luxo. O console central de alumínio e o ar-condicionado digital de duas zonas de conforto compensam o excesso de plástico, mas o ponto alto é mesmo o sistema de comunicação e entretenimento batizado de Sync, com comando de voz e conectividade para celular Bluetooth, iPods e MP3-players, além de DVD, Jukebox capaz de armazenar até 10 GB e tela LCD de 6,5 polegadas touch screen. São oito alto-falantes e um subwoofer com capacidade de 190 watts de potência. Um show!
Mas é em ação que o Edge mostra seu lado mais cativante. Equipado com um motor V6 de 3.5 litros e 269 cavalos de potência, o SUV arranca com rapidez e precisa de 9,5 segundos para atingir os 100 km/h (segundo o fabricante). A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 180 km/h. Apesar das 2 toneladas de peso, o Edge se mostrou ágil no trânsito. O único problema é a largura avantajada, que limita o deslocamento em ruas mais estreitas. O ponto negativo é o alto consumo de combustível, que registrou no computador de bordo a média de 3,8 km/l em uso urbano.
A tração integral sob demanda age em conjunto com o câmbio automático de seis marchas, que tem mudanças suaves, mas não oferece opção de trocas manuais. A suspensão independente nas quatro rodas tem regulagem firme e não aderna nas curvas, garantindo uma estabilidade exemplar para um modelo do porte do Edge. Em caso extremo, o SUV ainda entrega freios ABS de última geração com distribuição da força de frenagem (EBD), seis airbags (frontais, laterais e de cortina) e controles de tração e de estabilidade.
O preço é o maior obstáculo para uma aceitação maior do modelo no Brasil. Apesar de proporcionar muito conforto e prazer ao motorista, o Edge tem concorrentes similares por preços mais atraentes. Por isso, a previsão inicial de vendas da Ford, cerca de 250 unidades por mês, está longe de ser atingida. De dezembro de 2008 a março deste ano foram vendidas 402 unidades, ou seja, praticamente 100 veículos por mês. Ruim para a Ford, melhor para quem tem o dinheiro e procura exclusividade. Como vende pouco, o Edge continua novidade nas ruas e chama a atenção por onde passa.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Curiosidades

A palavra automóvel surgiu na França em 1875 e vem do grego autos, que significa por si só e do latim mobilis, que quer dizer móvel.
Em 1876, o engenheiro alemão Nikolaus August Otto desenvolveu o motor a explosão para álcool, gasolina ou gás, que substituiu os motores à vapor usados até então nas primeiras experiências na construção de automóveis.
O primeiro acidente de trânsito que se tem notícia no Brasil foi em 1897, quando o poeta Olavo Bilac colidiu com uma árvore. Se ele se feriu ninguém sabe, mas com certeza sobreviveu uma vez que veio a falecer apenas em 1918.
Alguns fabricantes de veículos e vários borracheiros de todo o país recomendam a troca de pneus de um carro a cada 30.000 km. Acha pouco? Saiba então que os primeiros pneus de borracha a serem usados em carros em 1895, adaptação dos pneus antes usados em bicicletas pelo francês Edouard Michelin, duravam em média 150 km.
Utilizando um motor de origem francesa, o inventor paulistano Paulo Bonadei foi o primeiro a montar um carro no Brasil. O veículo ficou pronto em 1905, quando Paulo percebeu um pequeno detalhe: o protótipo era maior que a porta da garagem, que teve de ser alargada.

O Fusca, o Volkswagen (carro do povo, em alemão) é o modelo de carro mais popular de todos os tempos. Foi projetado por Ferdinand Porsche e imediatamente aprovado por Adolf Hitler, que utilizou variações do modelo para fins militares, inclusive durante a II Guerra Mundial. Sua fabricação no Brasil começou em 1959 e parou em 1986. A pedido do então presidente Itamar Franco, o Fusca voltou a ser produzido em 1994. Além de sair da fábrica com um preço muito semelhante ao Gol 1000 ou qualquer outro popular da época, sua montagem era bem mais complicada, uma vez que tinha praticamente o dobro de peças comparado a um carro moderno. Parou novamente de ser fabricado em 1996. O Fusca é chamado em inglês de beetle ou besouro, tanto que a nova geração é conhecida como New Beetle. Em Portugal, o Beetle foi apelidado de "Carocha". A produção do Beetle continuava no México e só durou até 2003 por causa das novas leis de emissão.
Com o aumento da velocidade dos carros fabricados à partir da década de 50 ao número de acidentes aumentou muito em relação a períodos anteriores. Em 1958 foi fabricado o primeiro automóvel estadunidense com cintos de segurança: o Chevrolet Corvette. No Brasil este item importantíssimo foi considerado obrigatório a partir de 1969.
O primeiro automóvel a circular fora do planeta Terra foi um jipe de seis rodas e motor elétrico usado pela Missão Apollo 15 em 1971, usado na Lua.
Os primeiros fabricantes a colocarem air bags em seus carros foram a General Motors e a BMW, a partir de 1974. Mas desde os anos 50 já existiam carros com air bags colocados sob encomenda fora das linhas de montagem.
O primeiro carro nacional a ser vendido com injeção eletrônica no Brasil foi o Volkswagen Gol GTI, fabricado a partir de 1989. No entanto o primeiro carro com este recurso a ser fabricado no Brasil foi o Volkswagen Fox (Volkswagen Voyage para exportação) em 1988. Hoje todos os modelos brasileiros saem de fábrica com esta característica.
O sedan Pronto Spyder, mostrado no Salão do Automóvel de Detroit em 1997, nunca enfrentará problemas com a ferrugem pois sua carroceria é feita de polietileno, o mesmo material usado em garrafas de refrigerante.

terça-feira, 21 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Focus X-Road

A Ford da Holanda mostrou no Salão do Automóvel de Amsterdã (AutoRAI) uma série limitada baseada na perua do Focus. Trata-se um veículo que utiliza itens estéticos que induzem à prática de off-road. Assim como na nossa Fiat Palio Weekend, para-choques e para-lamas da X-Road são elaborados com plástico injetado em preto fosco. O propulsor é um quatro-cilindros em linha de 1,8 litro com tecnologia flexível em combustível. Com 125 cv de potência máxima, este novo motor de 16 válvulas pode ser o futuro dono dos Focus que serão produzidos no mundo. Quem sabe até futuramente no Brasil? Entre os itens exclusivos estão as rodas prateadas de aro 17”, ar-condicionado digital de duas zonas, sensor de chuva, CD player com navegador (tela de 5”), bancos esportivos e comandos de voz. Segundo a Ford holandesa serão produzidas 300 unidades, todas destinadas ao mercado local. O valor do carro é de € 25,17 mil, algo próximo de R$ 77 mil.