quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cadillac Provoq



A Cadillac já não vive a mesma fase, como o leitor do WebMotors pôde acompanhar pela avaliação do modelo SRX. Conhecida por ser a rainha das inovações, a jóia mais preciosa da coroa da GM, ela caiu bastante nas mãos de administrações mais interessadas em redução de custos que em excelência e tradição, mas parece estar em franco processo de recuperação. O indicativo mais expressivo disso é o Provoq.Este utilitário é a quinta geração de modelos com pilha a combustível criados pela GM, uma dinastia que teve início com o AUTOnomy e prosseguimento com modelos como o revolucionário Hy-Wire. Apesar de significativo, o Provoq acaba mostrando, indiretamente, a desatenção com que a GM ainda trata a Cadillac. De todos os modelos com célula de combustível que a “Grande Mãe” já criou, só o quinto ostentou a marca. Pior: ele nada mais é do que uma evolução pequena do Sequel, um Chevrolet que, como bem explica o colunista José Luiz Vieira, fundiu o AUTOnomy e o Hy-Wire. De todo modo, é um progresso.Se fosse produzido em série, o Provoq se distinguiria muito pouco dos modelos atuais da Cadillac em termos de desenho. O novo estilo, já meio futurista e ousado, tornou o carro-conceito quase um modelo pré-série. É por dentro e por baixo do utilitário que se nota o quanto ele é revolucionário.Para começar, o “chassi skate” está lá. Essa estrutura contém toda a estrutura de tanques de hidrogênio, um dos motores (o dianteiro) e a bateria de íons de lítio. As pilhas a combustível propriamente ditas estão sob o capô do carro, onde normalmente iria o motor. Estão ali para que possam ser refrigeradas. A grade dianteira, aliás, se fecha em altas velocidades para melhorar a aerodinâmica e se abre em baixas velocidades, permitindo a ventilação das células.Com esse sistema, o carro consegue oferecer muito mais espaço para passageiros e bagagens. Além disso, a mesma base pode servir também a esportivos, carros de passeio comuns e por aí afora. O “chassi skate” se caracteriza pela versatilidade.O Provoq, assim como o Sequel, tem três motores, todos elétricos: o dianteiro, que vai dentro do chassi, e um motor dentro de cada roda traseira. As células de combustível podem fornecer a eles 88 kW, equivalentes a 120 cv. Para quem gosta de acelerar, os motores elétricos são uma maravilha. O Provoq vai até 100 km/h, partindo da imobilidade, em 8,5 s e chega à máxima de 160 km/h, assim como o Volvo ReCharge, outro modelo que promete revolucionar os transportes sobre rodas.A autonomia do Cadillac é de 483 km, com 450 km provenientes dos tanques de hidrogênio, que levam apenas 6 kg do gás (à absurda pressão de 700 bar) e o restante das baterias de íons de lítio, que são recarregadas pelas pilhas a combustível. Não há a opção de carregar as baterias em uma tomada doméstica, como no Chevrolet Volt E-Flex, que deve começar a ser vendido em 2010.Além dessas características (as realmente importantes), o carro também conta com uma série de dispositivos de luxo, materiais reciclados em sua fabricação e outras perfumarias. O que o Provoq tem de mais fundamental é realmente o fato de ter um sistema inovador de propulsão e de colocar a Cadillac de volta ao papel que sempre lhe pertenceu. Melhor que isso, só se já estivesse à venda.

Audi R8 V12 TDI Concept


Se o Audi R8 com motor V8 a gasolina já é um foguete capaz de bater os carros mais velozes do mundo, imagine só um Audi R8 equipado com motor V12 TDI.O novo V12 a diesel apresentado pela Audi no Salão de Detroit tem 500 cv de potência e um torque “estupendo” de 101 kgm. O motor a gasolina que equipa o R8 atual tem 420 cv de potência e torque de 43,8 kgm. De acordo com a Audi, o V12 pode levar o piloto aos 100 km/h em 4,2 s e a uma velocidade final acima dos 300 km/h. Além de equipar o esportivo, a marca alemã pretende aplicar a mesma configuração nas futuras gerações do utilitário esportivo Q7. Apesar de estar presente em um modelo conceito, o V12 TDI é o futuro de uma família de motores da marca.Um motor semelhante a este apresentado em Detroit é usado pelo Audi R10, campeão de Le Mans. Trata-se de um V12 também a diesel de 5,5 litros com 650 cv de potência, capaz de levar o bólido aos 330 km/h.Mesmo com toda a potência despejada, o Audi R8 V12 TDI se mantém na linha perante os níveis de emissão de poluentes. O conceito está de acordo com as normas Euro 6 graças ao preciso sistema de alimentação, ao common rail e ao catalisador. O R8 V12 conta com uma transmissão de seis velocidades totalmente manual. A segurança na frenagem fica ao encargo dos discos de cerâmica, 20 kg mais leves que os da versão anterior, com seis pistões em cada roda.

Ford F-150


A Ford mostrou o carro que a maioria dos norte-americanos quer ter na garagem. Trata-se da nova F-150, o veículo mais vendido daquele país. Agora, a dianteira da “F” está com um design mais reto e enxuto, chegando a lembrar a frente de um Land Rover Discovery. A quantidade de versões de acabamento e cabine continua imensa: são 35 combinações, com três tipos de carroceria, quatro opções de caçamba e sete níveis de acabamento. Segundo a Ford, isso se deve às diferentes necessidades do público que busca a F-150.Para elevar a segurança, a Ford adotou chassi mais rígido. Outros itens que envolvem a segurança são o AdvanceTrac com RSC (Roll Stability Control), que ajudam a controlar a picape e evitar situações de possíveis capotamentos, sistema que foi incorporado aos modelos da Ford depois dos episódios com a Ford Explorer.. Para quem quiser maior comodidade para entrar nas vagas apertadas dos grandes centros, a fabricante americana aplicou uma microcâmera traseira para ajudar nas manobras.Os propulsores são todos V8 a gasolina, sendo o de 5,4 litros apto a rodar com combustível E85 (85% de etanol e 15% de gasolina). Os outros dois são V8 de 4,6 litros, um com três válvulas por cilindro e outro com duas por cilindro. Este último motor serviu para substituir o antigo V6 que equipava a picape.A Ford começou a produzir a série “F”, que inclui a F-250 e as restantes, em 1948. Atualmente, a marca tem mais de 33 milhões de picapes desta família produzidas. A nova F-150 começa a ser vendida a partir do segundo semestre nos Estados Unidos. As fábricas responsáveis pela produção da F-150 estão nas cidades americanas de Dearborn, Michigan, Kansas City e Claycomo.